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Tag: Crédito Imobiliário

  • Venda de imóveis deve subir 35% em 2021. Especialistas Ailos dão dicas para realizar o sonho da casa própria

    Venda de imóveis deve subir 35% em 2021. Especialistas Ailos dão dicas para realizar o sonho da casa própria

    Confira três formas de comprar o primeiro imóvel de acordo com o seu perfil.

    Com o surgimento da pandemia e a migração do trabalho no formato presencial para o home office, as prioridades de muitas pessoas no quesito moradia acabaram mudando, já que o tempo dentro de casa passou a ser bem maior. E sair do aluguel é um desejo cada vez mais possível de realizar.

    Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) mostram que as vendas de imóveis cresceram 26,1% no ano passado. Além disso, a Abrainc realizou uma pesquisa com empresários do ramo, que projetam uma alta de 35% na comercialização de imóveis em 2021.

    “Estamos em um forte aquecimento do mercado imobiliário no Brasil e especialmente na região Sul. Os estoques de imóveis com valores abaixo dos R$150 a 200 mil têm aumentado na mesma proporção que a oferta de crédito, devido às baixas taxas de juros”, explica Luiz Henrique Vilain, especialista de Crédito Imobiliário do Ailos.

    Existem muitas oportunidades no mercado, mas, para comprar seu imóvel, a primeira dica é o planejamento antecipado, não comprando apenas na chamada “emoção do momento”. Além do valor de compra e venda, outros custos estão envolvidos, como os impostos e custas de cartórios. É preciso analisar também se terá que fazer algum tipo de reforma, pois é um gasto extra no valor da compra.

    É importante considerar também que a compra de um imóvel é uma dívida de longo prazo. Por isso, é preciso ficar atento e garantir que a parcela do crédito imobiliário não irá afetar de forma negativa o orçamento da família. É importante também fazer simulações e observar que, se hoje a pessoa paga R$ 1 mil de aluguel e a parcela de crédito imobiliário ficar no mesmo valor, será vantajoso substituir essa dívida por algo que, no futuro, será dela”, diz Marcos Lemfers, também especialista de Crédito Imobiliário do Ailos.

    Além disso, antes de fechar negócio, entre em contato com a cooperativa ou instituição financeira de sua confiança para realizar simulações, prazos e entender todo o passo a passo de um financiamento. Também não se esqueça de conhecer mais sobre o imóvel: localização, cota de enchente, acesso ao comércio local, trânsito, entre outros fatores.
    Neste contexto de análise dos vários ângulos da negociação, vale destacar o trabalho das cooperativas de crédito. “Existem diversas instituições financeiras, porém as cooperativas de crédito oferecem diferentes vantagens para quem busca adquirir o primeiro imóvel, como a flexibilidade na escolha da propriedade, variedade de linha de crédito, acessibilidade para cooperados de baixa renda, agilidade no processo – de 30 a 60 dias – e economia sustentável, fortalecendo o desenvolvimento da comunidade”, destaca Lemfers.

    E, além do atendimento diferenciado nas cooperativas de crédito, existe também o retorno de sobras sobre os juros pagos, trazendo maior economia ao cooperado.

    Três formas de comprar o imóvel próprio de acordo com o seu perfil

    Na hora de adquirir um imóvel, é necessário analisar qual o melhor meio para a compra, como o consórcio, financiamento ou o crédito imobiliário. Abaixo, confira três modalidades de aquisição disponíveis para cada tipo de objetivo e perfil, explicadas pelos especialistas Ailos:

    1) Consórcio
    É indicado para pessoas que querem fazer um planejamento futuro, sem pressa de adquirir o imóvel. Esta é uma boa opção principalmente para os mais jovens, pois estes conseguem incluir o valor da parcela em sua realidade financeira, se preparando para a compra e usufruindo de menores taxas, sem que isso pese no orçamento. A modalidade é contratada por um grupo de pessoas com um objetivo de compra comum, que poupam todo mês para adquirir o bem ou serviço. Ao adquirir a sua cota, você passa a integrar o grupo de consorciados referente ao que você deseja adquirir. A definição de qual consorciado terá direito a resgatar o valor investido é feita em conjunto em uma assembleia. As contemplações são separadas de duas formas: por sorteio, do qual participam em iguais condições todas as cotas que estão em dia no grupo; e por lance, que é um percentual que o consorciado pode ofertar para aumentar suas chances de contemplação. O lance vencedor pode ser pago com recursos do consorciado ou com o próprio crédito da cota.

    2) Financiamento
    O já conhecido financiamento traz mais flexibilidade na escolha do imóvel conforme as regras atuais de cada instituição. É indicado para prazos menores e possibilidade de assumir parcelas maiores. Nas cooperativas, esta modalidade tem as vantagens de oferecer taxas de juros inferiores ao mercado, dinheiro liberado diretamente na sua conta corrente e liberação rápida, com menos burocracia.

    3) Crédito imobiliário
    O crédito imobiliário costuma ser a linha com maior prazo disponível e taxas reduzidas. Com isso, é indicado para pessoas com média e baixa renda, para as quais o valor da parcela se torna mais importante que o prazo.

    Sobre o Ailos
    Constituído em 2002, Ailos é um Sistema de Cooperativas de Crédito e conta com mais de 1 milhão de cooperados, uma cooperativa central, 13 cooperativas singulares, mais de 200 postos de atendimento e mais de R$ 12 bilhões em ativos. Com atuação nos três estados do Sul do país, possui cerca de 4 mil colaboradores, contribuindo e promovendo o crescimento sustentável e desenvolvimento social das comunidades onde atua. As cooperativas singulares que compõem o Ailos são: Acentra, Acredicoop, Civia, Credcrea, Credelesc, Credicomin, Credifoz, Crevisc, Evolua, Transpocred, Únilos, Viacredi e Viacredi Alto Vale.

  • Cooperativa de crédito poderá destinar poupança para financiar imóvel

    Cooperativa de crédito poderá destinar poupança para financiar imóvel

    As cooperativas de crédito poderão captar depósitos da caderneta de poupança para financiar a venda de imóveis, decidiu o Conselho Monetário Nacional (CMN). Em abril, o Conselho Monetário havia permitido a captação de depósitos da poupança rural pelas cooperativas.

    A medida pretende aumentar a concorrência no crédito imobiliário. Para atuar nesse ramo, no entanto, as cooperativas precisarão estar enquadradas em critérios mínimos de porte e categoria. Para as cooperativas singulares que integram sistemas cooperativos de três níveis (cooperativas singulares, cooperativas centrais e confederações), será necessário patrimônio líquido ajustado combinado de pelo menos R$ 900 milhões.

    O patrimônio mínimo cai para R$ 600 milhões para as cooperativas em sistemas de dois níveis (singulares e centrais, mas sem confederação). A exigência cai para R$ 300 milhões para cooperativas não integrantes de sistema cooperativo, desde que estejam classificadas na categoria de cooperativa plena.

    Letras imobiliárias

    Para facilitar a captação de recursos pelas cooperativas de crédito, o CMN também autorizou essas instituições a emitir letras imobiliárias garantidas (LIG). Criadas em 2014, mas regulamentadas apenas em maio do ano passado, as LIG, em geral, são títulos de renda fixa destinados a fomentar o mercado imobiliário com prazo mínimo de dois anos.

    As LIG têm garantia reforçada. Caso a instituição financeira que emitiu o título vá à falência, a bolsa de valores terá acesso aos imóveis e aos empreendimentos que as LIG financiaram e que servem como lastro do título. Assim, o investidor passará a ser detentor desses ativos no lugar do banco.

    Além de liberar a emissão de LIG pelas cooperativas de crédito, o CMN autorizou investidores estrangeiros a adquirir esses títulos a partir de março do próximo ano. Segundo o Banco Central, a medida amplia as fontes de recursos para o financiamento da construção civil.

    O não residente só poderá comprar LIG por meio de depository receipts (recibos de depósito, em inglês). Certificados negociáveis emitidos em um país, os depository receipts representam ativos de empresa ou de banco de outro país. Até agora, a emissão desses recibos exigia autorização prévia do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários. Apenas a alteração de controle, criação de participação qualificada, participação estrangeira e conversão de dívidas subordinadas em ações continuarão a ser supervisionadas pelo BC.

    Crédito agrícola

    O CMN aprovou ainda uma linha de crédito de R$ 200 milhões para cerealistas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com juros de 7% ao ano e 15 anos de pagamento, a linha financiará obras e aquisição de máquinas e equipamentos necessários à construção de armazéns e à expansão da capacidade de armazenagem de grãos.

    As primeiras parcelas só começarão a ser pagas depois de três anos. A criação da linha estava prevista pela Medida Provisória 897, que autorizou a União a conceder subsídios às empresas cerealistas.

    Agência Brasil

  • Sicoob ES anuncia ingresso no crédito imobiliário

    Sicoob ES anuncia ingresso no crédito imobiliário

    Foto coletiva SicoobO Sicoob ES vai ingressar no ramo de crédito imobiliário a partir de maio próximo, disponibilizando inicialmente um volume de R$ 30 milhões para financiar imóveis novos ou usados avaliados em até R$ 800 mil.

    O anúncio foi feito pelo presidente estadual da instituição financeira cooperativa, Bento Venturim, durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (7), em que foram apresentados os resultados do exercício finalizado em 31 de dezembro último.

    Sicoob ES registra aumento de R$ 253,4 milhões na carteira de crédito em 2016.

    O Sicoob ES registrou, em 2016, alta de 7,9% em sua carteira de crédito em relação ao exercício anterior. O período foi encerrado com o montante de R$ 3,5 bilhões, o que representa um aumento de R$ 253,4 milhões frente a 2015.

    O volume de depósitos foi o indicador que mais avançou durante o ano, chegando a R$ 2,9 bilhões, uma elevação de 28,5%. Nos depósitos à vista, a expansão foi de 18%, e nos depósitos a prazo, houve crescimento de 32%.

    Para o presidente do Sicoob ES, Bento Venturim, esse dado comprova o aumento do número de pessoas que acreditam na instituição: “A ampliação do volume de recursos que os associados confiam à instituição financeira cooperativa demonstra a consolidação do Sicoob ES como alternativa segura e viável”, destaca.

    O Sicoob ES conquistou 28,6 mil novos sócios em 2016 e concluiu o exercício com 205,8 mil cooperados. Houve cerca de 2,4 mil adesões por mês, entre pessoas físicas e jurídicas, um aumento de 16,6% em relação a 2015.

    Crédito rural

    A instituição exerceu papel relevante no apoio aos produtores impactados pela situação hídrica e econômica do Estado em 2016, encerrando o ano com a carteira de crédito rural em R$ 801,5 milhões. O valor ficou 1,2% menor do que o de 2015 devido às renegociações das dívidas provenientes dessa modalidade, acima da casa dos R$ 151,2 milhões.

    Bento Venturim enfatiza o empenho da cooperativa no restabelecimento do agronegócio capixaba: “O Sicoob vem buscando aumentar o volume de recursos para repassar ao setor e para melhorar as condições de pagamento dos empréstimos já realizados”.

    Receita de serviços

    Nailson Dalla Bernadina, diretor-executivo do Sicoob ES, afirma que a receita de serviços, incluindo os consórcios e os seguros, teve aumento de 20%. Já as despesas administrativas foram mantidas no mesmo patamar da inflação do período (6,5%).

    As sobras brutas fecharam o ano em R$ 209,9 milhões, valor 13,6% menor do que no exercício anterior. O ambiente econômico e a crise hídrica influenciaram o resultado, impactando a capacidade de pagamento de muitos associados detentores de operações de crédito.

    Dos R$ 209,9 milhões em sobras (lucro), R$ 140,5 milhões serão distribuídos aos associados. Desse total, R$ 90,4 milhões são referentes ao pagamento dos juros sobre o capital social, realizado em 30 de dezembro último. Outros R$ 50,1 milhões serão colocados à disposição dos sócios nas assembleias de prestação de contas, realizadas até 26 de abril. O restante é destinado ao fundo de reserva e ao Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates).

    Eficiência

    A austeridade nos gastos é outro aspecto a se destacar. O Índice de Eficiência Administrativa (IEA) do Sicoob ES no final de 2016 foi de 31,65%, o que significa uma melhoria de 3,2 pontos percentuais em relação ao exercício de 2015. Ou seja, a cada R$ 100 de receita, o Sicoob gastou R$ 31,65 com custos administrativos.

    A poupança passou para R$ 531,7 milhões, uma elevação de R$ 50,9 milhões em relação ao resultado de 2015. O patrimônio líquido alcançou a cifra de R$ 1,2 bilhão, registrando uma elevação de R$ 18,1%. O capital social passou para R$ 735,2 milhões, 24,1% a mais do que os R$ 592,2 milhões alcançados no último exercício.

    O ano foi encerrado com o montante de R$ 5,1 bilhões de ativos (bens e direitos com valor comercial ou de troca), alta de 18,1% sobre 2015.

    Crescimento e competitividade

    “Neste ano, pretendemos manter o ritmo de crescimento, sustentando taxas competitivas. Também é nossa meta continuar apoiando, com a liberação de crédito e outros serviços, os empreendimentos que demonstram viabilidade econômica”, ressalta Bernadina.

    O diretor afirma que o Sicoob ES tem condições de oferecer um custo menor do que o do mercado. A taxa média mensal de juros da carteira de crédito praticada em 2016 foi de 2,09% a. m., contra 3,67% a. m. do Sistema Financeiro no Espírito Santo.

    Postos de trabalho

    Em movimento contrário à tendência do País, o Sicoob ES elevou em 7% a sua equipe, contando com 1.151 funcionários no fechamento do exercício. Além disso, a instituição financeira cooperativa aumentou em 10% o seu quadro de empregos indiretos, alcançando 372 estagiários, aprendizes e profissionais terceirizados.

    Expansão: 10 novas agências em 2016

    Em 2016, na Região Metropolitana da Grande Vitória foram abertas agências em Vila Velha (Centro), na Serra (Jardim Limoeiro), em Cariacica (Itacibá) e em Guarapari (Aeroporto). Além disso, Viana recebeu o primeiro ponto de atendimento do Sicoob no município, no bairro Parque Industrial. No Sul do Estado, foi inaugurada uma agência no distrito de Piaçu, em Muniz Freire.

    O Sicoob ES ampliou sua operação com mais quatro agências no Rio de Janeiro, em Campos dos Goytacazes, Itaperuna e em São Francisco de Itabapoana (Centro e Travessão da Barra).

    As cooperativas do Sicoob realizaram obras de modernização e de ampliação nos pontos de atendimento localizados em Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá, Ecoporanga, Laginha (distrito de Pancas) e Enseada do Suá (Vitória).

    Tecnologia: 85% do atendimento por meios eletrônicos

    O investimento constante em soluções tecnológicas propicia a expansão de canais de atendimento eficazes que ajudam os associados (pessoas físicas e empresas) a fazerem a maioria de suas operações pelo celular, pelo computador ou por caixas automáticos. De acordo com o diretor-executivo do Sicoob ES, Nailson Dalla Bernadina, no ano passado 35,8% de todas as transações foram realizadas pelo celular. Quando consideradas as operações feitas nos caixas eletrônicos e pela internet, esse percentual sobe para 85%.

    A autenticação por meio da impressão digital em vez de senha e o uso do leitor de código de barras para pagamento de contas são algumas das facilidades disponibilizadas para os associados. “Poder imprimir extratos e comprovantes diretamente do celular é outro conforto”, destaca Nailson Dalla Bernadina, ressaltando que o atendimento móvel permite a realização de cem transações, como consulta de saldo e de extrato, transferências, contratação de empréstimos e pagamentos.

    Sicoob ES começa a atuar no ramo de crédito imobiliário

    O Sicoob ES vai ingressar no ramo de crédito imobiliário a partir de maio próximo, disponibilizando inicialmente um volume de R$ 30 milhões para financiar imóveis novos ou usados avaliados em até R$ 800 mil. O prazo para pagamento será de até 360 meses (30 anos).

    Para o presidente da instituição financeira cooperativa, Bento Venturim, além do prazo facilitado, um grande atrativo da linha é o percentual do valor do imóvel que pode ser financiado — que chega a 80% para os novos ou usados.

    Nailson Dalla Bernadina, diretor-executivo da instituição, destaca a possibilidade de uso do FGTS como entrada ou na amortização do saldo devedor ou de parcelas. A taxa efetiva de juros ao ano será de 10,86% + TR (Taxa Referencial). Visando a adotar um crédito consciente limite de comprometimento mensal da renda familiar foi estabelecido em até 30%.

    Segundo Bernadina, o crédito estará disponível para os associados à instituição financeira cooperativa a partir do dia 2 de maio próximo, em todas as agências do Sicoob ES no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Serão contemplados pela nova linha imóveis residenciais ou de lazer localizados em área urbana com infraestrutura (transporte, água, saneamento, comércio e vias urbanas) e com valorização imobiliária.

    Mais sobre o Sicoob

    O Sicoob é o maior sistema cooperativo de crédito do País. Aberto a empresas e a pessoas físicas, trabalha com produtos e serviços tipicamente bancários, com custos menores do que os do mercado. Os associados, que são donos do negócio, participam dos resultados e dispõem de tecnologia que facilita a movimentação. Além disso, têm a mesma segurança que os clientes de bancos comerciais, pois a instituição garante cobertura de R$ 250 mil por cliente.

    Com operação no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, o Sicoob ES tem 205 mil associados. São oito as cooperativas filiadas: Norte, Leste Capixaba, Centro-Serrano, Sul-Serrano, Sul, Sul-Litorâneo, Sicoob Credirochas e Sicoob Credestiva. O sistema atua em todo o Brasil, com 2,5 mil unidades, e atende 3,6 milhões de associados.

  • Folha de São Paulo destaca Sicoob e cooperativa anuncia crédito imobiliário para os próximos meses

    Folha de São Paulo destaca Sicoob e cooperativa anuncia crédito imobiliário para os próximos meses

    Mercado abertoQue as cooperativas de crédito crescem 20% ao ano e já ocupam o 6º lugar no ranking das instituições financeiras do Brasil todo mundo sabe. E não, não estamos falando necessariamente sobre tempos de calmaria econômica. Em meio à crise que se arrasta desde 2014, além de ocupar espaços cada vez maiores no mercado, as cooperativas do setor abriram os cofres e passaram a distribuir mais crédito, na contramão dos bancos tradicionais, que optaram por segurar financiamentos.

    E é nesse cenário que o Sicoob voltou a protagonizar mais um capítulo de destaque na imprensa nacional. Desta vez a pauta foi veiculada no jornal Folha de São Paulo, que anunciou uma novidade ousada para os próximos três meses: a entrada do sistema de cooperativas no ramo do crédito imobiliário. À reportagem o presidente do Sicoob, Henrique Castilhano Vilares, apontou que a meta “é trabalhar com juros um pouco abaixo do mercado”, para alegria dos mais de 3,2 milhões de associados no país.

    Além disso, outros 171 pontos de atendimento devem ser abertos no Brasil até o final do ano, significando investimentos de R$85,5 milhões. Com essa estratégia, o Sicoob deve crescer 25% só em 2016 e fortalecer o projeto de avanço das cooperativas de crédito. O objetivo delas, aliás, é chegar a 10% de participação no mercado até 2021.

  • Conselho amplia uso do FGTS para abater parcelas ou quitar consórcios imobiliários

    BRASÍLIA – O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ampliou o leque de possibilidades para que os trabalhadores possam abater parcelas ou quitar consórcios imobiliários usando o saldo de suas contas.

    A partir de agora, as pessoas que adquiriram um imóvel por consórcio poderão usar o FGTS para amortizar a dívida ou liquidá-la mesmo que na data de compra da nova moradia elas estivessem pagando um financiamento do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

    Essa possibilidade consta de resolução publicada hoje no Diário Oficial da União, que alterou dois itens das regras fixadas pelo próprio conselho curador em dezembro do ano passado.

    A mudança permitirá, por exemplo, que uma pessoa que adquiriu um imóvel por consórcio em junho possa usar o FGTS agora para abater ou quitar a dívida, mesmo que naquele mês ela fosse mutuária do SFH ou já tivesse um imóvel em seu nome. O dinheiro do fundo será liberado a partir do momento em que o trabalhador comprovar que o financiamento anterior foi quitado e o imóvel financiado tenha sido vendido ou transferido para outra pessoa.

    Pela regra anterior, mesmo que o financiamento fosse quitado e o imóvel vendido ou transferido, o trabalhador não poderia usar o FGTS para abater sua dívida no consórcio.

    “A mudança é bem sutil”, afirmou José Maria Leão, superintendente nacional do FGTS. “Ela permite que pessoas que lá na origem tinham um impedimento, e hoje não tem mais, possam vir a utilizar o FGTS”, acrescentou.

    Segundo Leão, continua vedado o uso dos recursos do fundo para abater ou quitar uma dívida de consórcio nos casos em que o trabalhador ainda esteja pagando um empréstimo do SFH ou mantenha a propriedade de um imóvel. “O propósito do FGTS não é investimento em habitação, o propósito é viabilizar moradia para quem não tem”, disse.

    A mudança na regra foi feita depois que alguns administradores de consórcio encaminharam ao conselho curador reclamações de alguns mutuários que tiveram o uso dos recursos do FGTS negado, mesmo sem empréstimos no SFH ou imóveis em seu nome.

    Fonte: Estadão

  • Caixa terá correspondentes imobiliários, parceria com imobiliárias para desafogar a rede de agências

    A Caixa Econômica Federal fecha, a cada dia, 4,3 mil novos contratos de financiamento imobiliário, média de dois em cada uma das agências espalhadas pelo país. Os números começam a se aproximar do limite operacional da instituição e a pressionar a capacidade de originação. Para evitar que haja um gargalo, a Caixa começa a colocar em prática um novo modelo de correspondente imobiliário para desafogar a rede.

    Em parceria com imobiliárias, o banco criou um padrão de atendimento semelhante ao usado no financiamento de veículos. A ideia é que o comprador vá até o ponto de venda, preencha uma ficha, que é enviada à Caixa, e receba a aprovação de crédito em até 48 horas, tempo bastante inferior à média atual, de 20 dias.

    Queremos oferecer o crédito nos locais em que o cliente procura pelo imóvel“, afirma Jorge Fontes Hereda, vice-presidente de governo da Caixa. Atuando junto às empresas, a oferta dos empréstimos se estende além do horário dos bancos. “A compra de um imóvel é uma decisão familiar e precisa funcionar sábado e domingo.”

    A Caixa não é a primeira a buscar esse canal alternativo. O Itaú já faz isso, em parceria com a Lopes, assim como a BM Sua Casa, da Brazilian Mortgages.

    A Caixa terá uma rede própria de correspondentes, basicamente por meio de acordos com imobiliárias. O Panamericano, banco em que a Caixa adquiriu participação no ano passado, também vai atuar como seu agente a partir de julho, com suas 200 lojas próprias.

    Com os correspondentes, a Caixa espera aumentar a capilaridade e também a capacidade de originação. “Temos limites nas agências e também não podemos direcionar a rede exclusivamente para habitação“, disse Hereda. A Caixa cresce a uma taxa bem acima do mercado. Até o dia 9 de junho, as concessões somam R$ 28,4 bilhões, volume superior a todo ano de 2008. A expectativa é fechar o semestre com volume contratado de R$ 30 bilhões. Como o segundo semestre é sempre mais forte, o volume poderia superar os R$ 60 bilhões no ano. O estoque total do sistema financeiro em crédito imobiliário é de R$ 100 bilhões.

    Hereda enfatiza que nenhum dos critérios do banco será flexibilizado no processo. O correspondente fará apenas a entrada de dados do cliente no sistema. Toda avaliação de risco, da capacidade de pagamento e do imóvel continuam a cargo da Caixa. Esse tripé é considerado essencial para garantir a baixa inadimplência na habitação. “Não vamos negligenciar as análises”, afirma. “O novo modelo contribui para a redução de custos e agilização do processo, uma vez que toda a parte operacional foi repassada ao correspondente e não induz a retrabalhos por parte das unidades da Caixa”, diz Teotonio Costa Rezende, consultor técnico da área habitacional da Caixa.

    A instituição já concluiu o projeto piloto em oito Estados, que incluem grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, mas também polos menores, como Juiz de Fora, em Minas Gerais. Num primeiro momento, os correspondentes farão apenas operações relativas ao programa Minha Casa Minha Vida, já que os projetos são financiados pela própria Caixa, o que facilita a análise.

    Fonte: Valor Online

  • Crédito imobiliário deve sair de 3% do PIB para 20% nos próximos anos

    O crédito ao consumo deve continuar a crescer, mas não num ritmo tão explosivo quanto desde o início desta década. No seu lugar, como principal estrela do mercado de crédito à pessoa física no Brasil, devem entrar os financiamentos imobiliários. Essa é, em resumo, a visão de economistas e executivos do setor ouvidos pelo Estado.

    “O crédito à pessoa física relacionado ao consumo ainda não esgotou seu potencial de crescimento, mas já não é mais uma aberração como o crédito imobiliário, que está extremamente defasado e traz agora o grande potencial de expansão”, diz Octavio de Barros, diretor de Pesquisa Macroeconômica do Bradesco.

    Segundo Nilson Pelegrino, diretor do Departamento de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco, o crédito imobiliário do banco deve crescer acima de 30% em 2010. “Estamos com operações de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão por mês, entre financiamento aos mutuários finais e crédito a construtoras.”

    Para a economista Luíza Rodrigues, do Santander, a tendência é que o crédito imobiliário, que hoje não passa de 3% do PIB, cresça para um nível acima de 20% ao longo dos próximos anos: “É um porcentual normal para um país emergente”. Nos Estados Unidos, é acima de 100% do PIB. Luíza acrescenta que o juro de 10% ao ano parece um “número mágico”, a partir do qual se nota um crescimento acelerado do crédito imobiliário.

    Este crescimento deverá ocorrer em todas as classes sociais, com ênfase para as classes A, B e C.

    Fonte: Estadão